Biografia

Ainda que já sentisse o apelo da literatura, matriculou-se na Escola de Farmácia e chegou a colar grau em 1925, ano em que se casou com Dolores Dutra de Morais. Se já dera dois passos importantes nesse ano, empenhou-se em nova empreitada: juntou-se a mais três amigos e fundou A Revista, órgão oficial do modernismo mineiro que, nos seus três números, estampou os grandes nomes do movimento literário de 1922. A todas essas conquistas se somaria talvez a maior alegria da vida de Drummond: o nascimento, em 1928, de sua filha Maria Julieta Drummond de Andrade, a quem ele devotaria não só o amor de pai, mas também a admiração pela inteligência e por seu talento literário, o que fez da relação entre os dois uma troca excepcionalmente preciosa. Muito das conversas de toda uma geração no Café Estrela, de Belo Horizonte, e uma certa flânerie de Drummond pela cidade forjaram o poeta de Alguma poesia, de 1930, seu livro de estreia, quando o modernismo já estava consolidado. Depois veio Brejo das almas, de 1934, livro em que, como no primeiro, o poeta ainda se revela contido nas emoções.

No mesmo ano, Drummond transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde assumiu a chefia do gabinete do ministro da Educação e Saúde Pública, seu amigo Gustavo Capanema. Dessa forma o poeta começou vida na antiga capital do país, onde ficaria até morrer. Em 1940, com o lançamento da pequena edição de Sentimento do mundo, de apenas 150 exemplares, é que o poeta se mostra inteiro, liberto da censura emocional. Otto Lara Resende, no artigo intitulado “Segunda mão”, diz que “ninguém faz ideia do que significava possuir um exemplar dessas bíblias do lirismo itabirano. […] Ver, assim que ela apareceu, era um privilégio. Um deslumbramento”. Deslumbramento que se repetiria outras vezes, com outros livros, como em 1945, com a publicação de A rosa do povo. Drummond colaborava no suplemento literário dos jornais cariocas A Manhã, Correio da Manhã e Folha Carioca. Exerceu muitas outras atividades em órgãos federais, como a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde trabalhou com Rodrigo Melo Franco de Andrade. Ali se tornaria chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento, para só sair em 1962, aposentado.

Coerente nas suas escolhas, podia ficar pouco tempo em um cargo, como aconteceu em 1945, quando, a convite de Luís Carlos Prestes, assumiu a coeditoria do diário comunista Tribuna Popular. Na Comissão de Literatura, do Conselho Nacional de Cultura, a qual foi convidado a integrar pelo então presidente Jânio Quadros, em 1961, não ficou além das primeiras reuniões. Era, no entanto, de duradoura fidelidade quando em sintonia com o trabalho que abraçava. Desse modo, colaborou durante 15 anos, aos domingos, no Correio da Manhã, para só sair em 1969, ano em que passou a escrever no Jornal do Brasil. Só em 1984 abandonaria o JB, ao encerrar sua carreira de cronista. A produção poética de Drummond, reunida na Obra completa, de 1964, correu paralela à de cronista, publicada em livro pela primeira vez em Confissões de Minas, de 1944. Ele escreveu durante 64 anos uma prosa de altíssima qualidade literária que o coloca entre os mestres, não só pela agilidade e leveza próprias ao gênero, como pela impressionante variedade temática de que tratou. Fosse como poeta, cronista, tradutor, autor ou missivista, não deixou de organizar metódica e cuidadosamente sua produção intelectual, assim como não negligenciou cuidados com os documentos de sua vida de autor, pai ou cidadão. Arquivista nato, bibliotecário intuitivo, seu pequeno arquivo de natureza mais pessoal e sua biblioteca de cerca de 4 mil volumes, sob a guarda do Instituto Moreira Salles desde fevereiro de 2011, revelam muito da personalidade e do talento desse artista que estranhamente foi também um burocrata feroz.

Entre as incontáveis honrarias que recebeu em vida, Drummond foi exaltado até mesmo no carnaval carioca, quando em 1987 a Estação Primeira de Mangueira o homenageou com o enredo “O reino das palavras” e ganhou o campeonato. A alegria do poeta não foi integral, porque naquele momento sua filha, Maria Julieta, já sofria de doença que a levaria à morte no dia 5 de agosto de 1987.

Carlos Drummond de Andrade morreu no dia 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, 12 dias depois da morte de Maria Julieta.

Fonte: Instituto Moreira Salles (IMS)

Cronologia da Vida e Obra

  • 1902: Nasce em Itabira do Mato Dentro, Estado de Minas Gerais, em 31 de outubro, nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.
  • 1910: Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Britto, em Belo Horizonte, onde conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco.
  • 1916: Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte.
  • 1917: Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.
  • 1918: Aluno interno no Colégio Anchieta da Companhia Jesus em Nova Friburgo, Rio de Janeiro; é laureado em “certames literários”. Seu poema em prosa “Onda” é publicado por seu irmão Altivo, no único número do jornalzinho Maio.
  • 1919: Expulso do Colégio Anchieta por “insubordinação mental”.
  • 1920: Muda-se com a família para Belo Horizonte.
  • 1921: Publica seus primeiros trabalhos na seção “Sociais” do Diário de Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassantas, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos frequentadores do Café Estrela da Livraria Alves.
  • 1922: Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto “Joaquim do Telhado”, no Concurso Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos Ilustração Brasileira.
  • 1923: Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.
  • 1924: Inicia a correspondência com Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blase Cendras, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará até poucos dias antes da morte de Mário.
  • 1925: Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos) em Belo Horizonte, segundo o próprio Drummond. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista, do qual saem três números. Conclui o curso de Farmácia, mas não chega a exercer a profissão, alegando querer “preservar a saúde dos outros.
  • 1926: Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compôs um seresta sobre o poema “Cantiga de Viúvo”.
  • 1927: Nasce no dia 22 de março seu filho Carlos Flávio, que falece meia hora depois, devido a complicações respiratórias.
  • 1928: Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, que se tornará sua grande companheira e confidente ao longo da vida. Publica, na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema “No Meio do Caminho”m que se torna um dos maiores escândalos literários no Brasil. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.
  • 1929: Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado, como auxiliar de redação e pouco depois como redator, sob a direção de Abílio Machado.
  • 1930: Publica seu primeiro livro, “Alguma Poesia”, em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário Edições Pindorama, criado por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Machado.
  • 1931: Falece aos 70 anos seu pai, Carlos de Paula Andrade.
  • 1933: Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado Interventor Federal em Minas Gerais.
  • 1934: Trabalha como redator nos jornais Minas GeraisEstado de Minas Diário da Tarde, simultaneamente. Publica “Brejo das Almas”, em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se com Dolores e Maria Julieta para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo ministro de Educação e Saúde Pública.
  • 1935: Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.
  • 1937: Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.
  • 1940: Publica “Sentimento do Mundo”, em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.
  • 1941: Assina, sob o pseudônimo “O Observador Literário”, a seção “Conversa Literária” da revista Euclides. Colabora no suplemento literário A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.
  • 1942: A Livraria José Olympio Editora publica “Poesias”. José Olympio é o primeiro editor a publicar a obra do poeta.
  • 1943: Traduz e publica a obra “Thérèse Desqueyroux”, de François Mauriac, sob o título de “Uma Gota do Veneno”.
  • 1944: Publica “Confissões de Minas”, por iniciativa de Álvaro Lins.
  • 1945: Publica “A Rosa do Povo” pela José Olympio, e a novela “O Gerente” pela Edições Horizonte. Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como co-editor do diário comunista, então fundado, Tribuna Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano do Couto Ferraz e Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do mesmo. É chamado por Rodrigo M.F de Andrade para trabalhar na diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.
  • 1946: Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe D’Oliveira. Aos 17 anos de idade, sua filha Maria Julieta publica a novela “A Busca”, pela José Olympio.
  • 1947: É publicada sua tradução de “Les Liaison Dangereuses”, de Choderlos De Laclos, sob o título de “As Relações Perigosas”.
  • 1948: Publica “Poesia até Agora”. Colabora em Política e Letras, de Odylo Costa Filho. Falece sua mãe, Julieta Augusta Drummond de Andrade. Comparece ao enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra “Poema de Itabira”, de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema “Viagem na Família”.
  • 1949: Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires, onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura brasileira.
  • 1950: Viaja a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.
  • 1951: Publica “Claro Enigma, Contos de Aprendiz” e “A Mesa”. É publicado em Madri o livro “Poemas”.
  • 1952: Publica “Passeios na Ilha” e “Viola de Bolso”.
  • 1953: Exonera-se do cargo de redator do  Minas Gerais, ao ser estabilizado sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis Maurício, a quem dedica o poema “A Luiz Maurício, Infante”. É publicado em Bueno Aires o livro “Dos Poemas”, com tradução de Manuel Graña Etcheverry, genro do poeta.
  • 1954: Publica “Fazendeiros do Ar & Poesia até Agora”. Aparece sua tradução de “Les Paysans”, de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras “Quase Memórias”. Inicia, no Correio da Manhã, a série de crônicas “Imagens”, mantida até 1969.
  • 1955:  Publica “Viola de Bolso Novamente Encordoada”.
  • 1956: Publica “50 Poemas Escolhidos pela Autor”. Aparece sua tradução de “Albertine Disparue”, de Marcel Proust.
  • 1957: Publica “Fala, Amendoeira” e “Ciclo”.
  • 1958: Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção “Poetas del Siglo Veinte”. É encenada e publicada a sua tradução de “Doña Rosita la Soltera de Federico García Lorca”, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura, do Circuito Independente de Críticos Teatrais.
  • 1960: Nasce em Buenos Aires seu terceiro neto, Pedro Augusto. A Biblioteca Nacional publica a sua tradução de “Oiseaux-Mouches Orthorynques du Brésil”, de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.
  • 1961: Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.
  • 1962: Publica “Lição de Coisas”, “Antologia Poética”, e “A Bolsa & a Vida”. É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco, 81, onde viveu 21 anos. Passa a residir em apartamento. São Publicadas suas traduções de “L’Oisseau Bleu”, de Maurice Maeterlink, e de “Les Fouberies de Sacapin”, de Molière, que é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe novamente o Prêmio Padre Ventura. Aposenta-se como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do ministro da Edução, Oliveira Brito.
  • 1963: É lançada sua tradução de “Sult (Fome)”, de Knut Hamsun. Recebe os Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube Brasil, pelo livro “Lição de Coisas”. Colabora no programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, da Rádio Roquete Pinto, e inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Edução. Viaja com Dolores para Buenos Aires.
  • 1964: Publica a primeira edição da “Obra Completa”, pela Aguilar.
  • 1965: Publicados os livros “Antologia Poética”, em Portugal; “In the Middle of the Road”, nos Estados Unidos; “Poesie”, na Alemanha. Publica, em colaboração com Manuel Bandeira, “Rio de Janeiro em Prosa & Verso”. Colabora em Pulso.
  • 1966: Publica “Cadeira de Balanço”, e na Suécia é lançado “Naten och Rosen”.
  • 1967: Publica “Versiprosa”, “José & Outros”, “Mundo, Vasto Mundo”, “Uma Pedra no Meio do Caminho”, “Minas Gerais (Brasil, Terra & Alma”. Publicações de “Fyzika Stranchu”, em Praga, e “Mundo, Vasto Mundo”, com tradução de Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires.
  • 1968: Publica “Boitempo & a Falta que Ama”. Membro correspondente da Hispanica Society of America, Estados Unidos.
  • 1969: Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica “Reunião” (Dez livros de poesias).
  • 1970: Publica “Caminhos de João Brandão”.
  • 1971: Publica “Seleta em Prosa e Verso”. Edição de “Poemas” em Cuba.
  • 1972: Viaja a Buenos Aires com Dolores para visitar a filha, Maria Julieta. Pública “O Poder Ultrajovem”. Jornais do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre publicam suplementos comemorativos do 70º aniversário do poeta.
  • 1973: Publica “As Impurezas do Branco”, “Menino Antigo – Boitempo II”, “La Bolsa y La Vida”, em Buenos Aires, e “Réunion”, em Paris.
  • 1974: Recebe o Prêmio Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários. Membro honorário da American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Estados Unidos.
  • 1975: Publica “Amor, Amores”. Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura, e recusa, por motivos de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal.
  • 1977: Publica “A Visita”, “Discurso de Primavera e Algumas Sombras” e “Os Dias Lindos”. Grava 42 poemas em 2 long plays, lançados pela Polygram. Edição búlgara de “Uybetbo ba Cheta” (“Sentimento do Mundo”).
  • 1978: Publica “70 Historinhas” e “O Marginal Clorindo Gato”. Edições argentinas de “Amar-Amargo” e “El Pode Utrajovem”.
  • 1979: Publica “Poesia e Prosa”, 5ª edição, revista e atualiza, pela editora Nova Aguilar. Viaja a Buenos Aires por motivo de doença de sua filha Maria Julieta. Publica “Esquecer para Lembrar – Boitempo III”.
  • 1980: Recebe os Prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de poesia. Edição limitada de “A Paixão Medida”. Noite de autógrafos na Livraria José Olympio Editora para o lançamentoconjunto da edição comercial de “A Paixão Medida” e “Um Buquê de Alcachofras”, de Maria Julieta Drummond de Andrade; o poeta e sua filha autografam juntos na sede da José Olympio. Edição de “En rost at Folket”, Suécia. Edição “The Minus Sign”, Estados Unidos. Edição de “Gedichten” (Poemas), Holanda.
  • 1981: Publica “Contos Plausíveis” e “O Pipoqueiro da Esquina”. Edição inglesa de “The Minus Sign”.
  • 1982: Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro. Os principais jornais do Brasil publicam suplementos comemorativos a data. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A cidade do Rio de Janeiro festeja a data com cartazes de afeto ao poeta. Publica “A Lição do Amigo – Catas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade”, com notas do destinatário. Publicação de “Carmina Drummondiana”, poemas de Drummond traduzidas ao latim por Silva Bélkior. Edição mexicana de “Poemas”.
  • 1983: Declina o troféu Juca Pato. Publica “Nova Reunião” (19 livros de poesia) e “O Elefante”.
  • 1984: Após 41 anos despede-se da casa do velho amigo José Olympio, e assina contrato com a Editora Record, que publica sua obra até hoje. Também se despede do Jornal do Brasil, depois de 64 anos de trabalho jornalístico, com a crônica “Ciao”. Publica, pela Editora Record, “Boca de Luar” e “Corpo”.
  • 1985: Publica “Amar de Aprende Amando”, “O Observador no Escritório” (memórias), “História de Dois Amores” (livro infantil) e “Amor, Sinal Estranho”. Edição de “Frän Oxen Tid”, Suécia.
  • 1986: Publica “Tempo, Vida, Poesia”. Edição de “Travelling in the Family”, em Nova York, pela Random House, e “Antologia Poética”, em Cuba. Escreve 21 poemas para a edição do centenário de Manuel Bandeira, preparada pela editora Alumbramento, com o título “Bandeira, a Vida Inteira”. Sofre um infarto e é internado durante 12 dias.
  • 1987: No dia 31 de janeiro escreve seu último poema, “Elegia a um Tucano Morto”, que passa a integrar “Farewell”, último livro organizado pelo poeta. ´E homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba enredo “No Reino das Palavras”, que vence o Carnaval do Rio de Janeiro. No dia 5 de agosto, depois de dois meses de internação, falece a sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. “Assim terminou a vida da pessoa que mais amei neste mundo”, escreve num diário. Doze dias depois falece o poeta, de problemas cardíacos. Enterrado junto à sua filha Maria Julieta no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro. O poeta deixa obras inéditas: “O Avesso das Coisas” (aforismos), “Moça Deitada na Grama”, “O Amor Natural” (poemas eróticos), “Viola de Bolso III” (poesia errante), “Farewell”, atualmente editadas pela Record, “Arte em Exposição” (versos sobre obras de arte), posteriormente publicado pela Editora Salamandra, além de crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para um espetáculo musical, ainda sem título. Reedição de “De Notícias e não Notícias faz-se a Crônica”, pela Editora Record. Edição de “Crônicas: 1930-1934”. Edição de “Un Chiaro Enigma” e “Sentimento del Mondo”, Itália, “Mundo Grande y Otros Poemas”, na série Los Grande Poetas, em Buenos Aires.
  • 1988: Publicação de “Poesia Errante”, coletânea de poemas inéditos, Prêmio Padre Ventura pela Record.
  • 1989: Publicação de “Auto-Retrato e Outras Crônicas”, edição organizada por Fernando Py. Publicação de “Drummond: Frente e Verso”, edição iconográfica, pela Alumbramento, e de “Álbum para Maria Julieta”, edição limitada e fac-similar de caderno com originais manuscritos de vários autores e artistas, compilados pelo poeta para a sua filha. A Casa da Moeda homenageia o poeta emitindo uma nota de 50 cruzados.
  • 1990: O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza uma exposição comemorativa dos 60 anos da publicação de “Alguma Poesia”. Palestra de Manuel Graña Etcheverry, “El Erotismo em la Poesía de Drummond”, no CCBB, e de Affonso Romano de Sant’Anna, “Drummond, um Gauche no Mundo”. Encenação teatral de “Mundo, Vasto Mundo”, com Tônia Carrero, o coral Garaganta Profunda e Paulo Autran, sob a direção deste no Teatro II da CCBB. Encenação de “Crônica Viva”, com adaptação de João Brandão e Pedro Drummond, no CCBB. Edição da antologia “Itabira”, em Madri, pela editora Visor. Edição limitada de “Arte em Exposição”, pela Salamandra. Edição de “Poésie”, pela editora Gallimard, França.
  • 1991: Publicação, em oito volumes, de “Obra Poética”, pela editora Europa-América, em Portugal.
  • 1992: Edição de “O Amor Natural”, poemas eróticas com ilustrações de Milton Dacosta e projeto gráfico de Alexandre Dacosta e Pedro Drummond. Publicação de “Tankar om Ardet Mennseke”, Noruega. Edição de “Die Liefde Natuurlijk” (“O Amor Natural”) na Holanda.
  • 1993: Publicação de “O Amor Natural”, em Portugal, pela editora Europa-América. Prêmio Jabuti pelo melhor livro de poesia do ano, “O Amor Natural”.
  • 1994: Publicação pela Editora Record de novas edições de “Discurso de Primavera” e “Contos Plausíveis”. No dia 2 de julho falece Dolores Morais Drummond de Andrade, viúva do poeta, aos 94 anos.
  • 1995: Encenação teatral de “No Meio do Caminho…”, crônicas e poemas do poeta com roteiro e adaptação de João Brandão e Pedro Drummond. Lançamento de um selo postal em homenagem ao poeta. Drummond na era digital: lançamento do primeiro website de autor brasileiro na internet, premiado com o primeiro i-Best 95.
  • 1996: Lançamento do livro “Farewell”, último organizado pelo poeta, no CCBB do Rio de Janeiro, com a apresentação de Joana Fomm e José Mayer. Prêmio Jabuti pelo livro “Farewell”.
  • 1997: Primeira edição interativa do livro “O Avesso das Coisas”.
  • 1998: Inauguração do Museu de Território Caminhos Drummondianos em Itabira. No dia 31 de outubro é inaugurado o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, no Pico do Amor da cidade de Itabira. Prêmio in memoriam Medalha do Sesquicentenário da Cidade de Itabira.
  • 1999: I Fórum Itabira Século XXI – Centenário Drummond, realizado na cidade de Itabira. Lançamento do CD “Carlos Drummond de Andrade” por Paulo Autran, pelo selo Luz da Cidade.
  • 2000: Inaugurada a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Colégio Arnaldo de Belo Horizonte, MG. Lançamento do CD “Conto de Aprendiz por Leonardo Vieira”, pelo selo Luz da Cidade. Estreia no dia 31 de outubro o espetáculo “Jovem Drummond”, estrelado por Vinicius de Oliveira, no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade de Itabira (Secretaria de Cultura do Município). Laçamento do CD “História de Dois Amores – Contada por Odete Lara”, pelo selo Luz da Cidade, produzido por Paulinho Lima. Encenação pela Comédie Français da peça de “Nolière Les Fourberies de Scapin”, com tradução de CDA, nos teatros Municipal do Rio de Janeiro e Municipal de São Paulo. Lançamento do projeto “O Fazendeiro do Ar” com o “balão Drummond” na Lagoa Rodrigo de Freitas do Rio de Janeiro. II Fórum Itabira Século XXI – Centenário Drummond, realizado em outubro na cidade de Itabira. Homenagem  in memoriam Medalha comemorativa dos 70 anos do MEC. Homenagem aos ex-alunos UFMG.
Fonte: Livro “Poesia Completa”, da editora Nova Aguilar.

Bibliografia

Poesia

  • “Alguma Poesia”. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930.
  • “Brejo das Almas”. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1934.
  • “Sentimento do Mundo”. R. de Janeiro: Pongetti, 1940; 10a ed., RJ: Record, 2000.
  • “Poesias” (“Alguma Poesia”, “Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”). RJ: J.Olympio, 1942.
  • “A Rosa do Povo”. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1945.
  • “Poesia até Agora”. (“Alguma Poesia”, Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”, “A Rosa do Povo”, “Novos Poemas”). Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.
  • “A Máquina do Mundo” (incluído em “Claro Enigma”). Rio de Janeiro: Luís Martins, 1949 (exemplar único).
  • “Claro Enigma”. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1951.
  • “A Mesa” (incluído em “Claro Enigma”). Niterói: Hipocampo, 1951 (70 exemplares).
  • “Viola de Bolso”. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1952.
  • “Fazendeiro do Ar & Poesia até Agora”. (“Alguma Poesia”, “Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”, “A Rosa do Povo”, “Novos Poemas”, “Claro Enigma”, “Fazendeiro do Ar”). R. de Janeiro: J. Olympio, 1954.
  • “Viola de Bolso (incluindo “Viola de Bolso Novamente Encordoada”); 2ª. ed. aumentada, Os Cadernos de Cultura, R. de Janeiro: J. Olympio, 1955.
  • “Soneto da Buquinagem” (incluído em “Viola de Bolso Novamente Encordoada”). Rio de Janeiro: Philobiblion, 1955 (100 exemplares).
  • “Ciclo” (incluído em “A Vida Passada a Limpo” e em “Poemas”). Recife: O Gráfico Amador, 1957. (96 exemplares).
  • “Poemas” (“Alguma Poesia”, “Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”, “A Rosa do Povo”, “Novos Poemas”, “Claro Enigma”, “Fazendeiro do Ar”, “A Vida Passada a Limpo”). R. de Janeiro: J. Olympio, 1959.
  • “Lição de Coisas”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1964.
  • “Obra Completa”. (Estudo Crítico de Emanuel de Moraes, Fortuna Crítica, Cronologia e Bibliografia). R. de Janeiro: Aguilar, 1964 (publicada pela mesma editora sob o título Poesia completa e prosa (1973), e sob o título de “Poesia e prosa” (1979).
  • “Versiprosa”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
  • “José & Outros” (“José”, “Novos Poemas”, “Fazendeiro do Ar”, “A Vida Passada a Limpo”, “4 Poemas”, “Viola de Bolso II”). R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
  • “Boitempo & A Falta que Ama”. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
  • “Nudez” (incluído em “Poemas”). Recife: Escola de Artes, 1979 (50 exemplares).
  • “Reunião” (“Alguma Poesia”, “Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”, “A Rosa do Povo”, “Novos Poemas”, “Claro Enigma”, “Fazendeiro do Ar”, “A Vida Passada a Limpo”, “Lição de Coisas”, “4 Poemas”). R. de Janeiro: J. Olympio, 1969.
  • “D. Quixote” (Glosas a 21 desenhos de Cândido Portinari). R. de Janeiro: Diagraphis, 1972.
  • “As Impurezas do Branco”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
  • “Menino Antigo (Boitempo II)”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
  • “Minas e Drummond”. (ilustrações de Yara Tupinambá, Wilde Lacerda, Haroldo Mattos, Júlio Espíndola, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse e Beatriz Coelho). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais,1973 (500 exemplares).
  • “Amor, Amores” (desenhos de Carlos Leão). Rio de Janeiro: Alumbramento, 1975 (423 exemplares).
  • “A Visita” (incluído em “A Paixão Medida”) (fotos de Maureen Bisilliat). São Paulo: edição particular, 1977 (125 exemplares).
  • “Discurso de Primavera e Algumas Sombras”. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977.
  • “O Marginal Clorindo Gato” (incluído em “A Paixão Medida”). R. de Janeiro: Avenir, 1978.
  • “Nudez” (incluído em “Poemas”). Recife: Escola de artes, 1979 (50 exemplares).
  • “Esquecer para Lembrar (Boitempo III)”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
  • “A Paixão Medida” (desenhos de Emeria Marcier). R. de Janeiro: Alumbramento, 1980. (643 exemplares).
  • “Nova Reunião – 19 Livros de Poesias”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1983
  • “O Elefante” (Ilustrações de Regina Vater). R. de Janeiro: Record. Coleção Abre-te Sésamo, 1983.
  • “Caso do Vestido”. R. de Janeiro: Rioarte, 1983 (adaptado para o teatro por Aderbal Júnior).
  • “Corpo” (Ilustrações de Carlos Leão). R. de Janeiro: Record, 1984.
  • “Mata Atlântica” (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1984.
  • “Amor, Sinal Estranho” (litografias originais de Bianco). R. de Janeiro: Lithos Edições de Arte, 1985 (100 exemplares).
  • “Amar se Aprende Amando”. R. de Janeiro: Record, 1985.
  • “Pantanal” (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1985.
  • “Boitempo I e II” (Reunião de poemas publicados anteriormente nos livros “Boitempo”, “Menino Antigo” e “Esquecer para Lembrar”). R. de Janeiro: Record, 1986.
  • “O Prazer das Imagens” (fotografias de Hugo Rodrigo Octavio – legendas inéditas de Carlos Drummond de Andrade). São Paulo: Metal Leve/Hamburg, 1987 (500 exemplares).
  • “Poesia Errante: Derrames Líricos, e Outros nem Tanto ou Nada”. R. de Janeiro: Record, 1988.
  • “Arte em Exposição”. R. de Janeiro: Salamandra/Record, 1990.
  • “O Amor Natural”. (Ilustrações Milton Dacosta). R. de Janeiro: Record, 1992.
  • “A Vida Passada a Limpo”. R. de Janeiro: Record, 1994.
  • “Rio de Janeiro” (fotos de Michael Sonnenberg). Liechtenstein: Verlag Kunt und Kultur, 1994.
  • “Farewell”. R. de Janeiro: Record, 1996.
  • “A Senha do Mundo”. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
  • “A Cor de Cada um”. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
  • “José & Outros”. Rio de Janeiro: Record, 2003; (reunião dos livros José, Novos Poemas e Fazendeiro do ar).

Crônica

  • “Fala, Amendoeira”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1957.
  • “A Bolsa & A Vida”. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
  • “Cadeira de Balanço”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1966.
  • “Caminhos de João Brandão”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1970.
  • “O Poder Ultrajovem”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1972.
  • “De Notícias & Não Notícias faz-se a Crônica”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1974.
  • “Os Dias Lindos”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1977.
  • “Crônica das Favelas Cariocas”. R. de Janeiro: edição particular, 1981.
  • “Boca de Luar”. R. de Janeiro: Record, 1984.
  • “Crônicas de 1930/1934” (Crônicas assinadas com os pseudônimos: Antônio Crispim e Barba Azul). Belo Horizonte: Revista do Arquivo Público Mineiro, 1984. [Reeditado em 1987 pela Secretaria da Cultura de Minas Gerais – ilustrações de Ana Raquel.]
  • “Moça Deitada na Grama”. R. de Janeiro: Record, 1987.
  • “Auto-Retrato e Outras Crônicas”. Seleção Fernando Py. R. de Janeiro: Record, 1989.
  • “O Sorvete e Outras Histórias”. São Paulo: Ática, 1993.
  • “Vó Caiu na Piscina”. R. de Janeiro: Record, 1996.
  • “Quando é Dia de Futebol”. Rio de Janeiro: Record, 2002.

Conto

  • “O Gerente” (incluído em “Contos de Aprendiz”). R. de Janeiro: Horizonte, 1945.
  • “Contos de Aprendiz”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1951.
  • “70 Historinhas”. R. de Janeiro: J. Olympio, 1978. (Seleção de textos dos livros de crônicas: “Fala Amendoeira”, “A Bolsa & A Vida”, “Cadeira de Balanço”, “Caminhos de João Brandão”, “O Poder Ultrajovem”, “De Notícias & Não Notícias faz-se a Crônica” e “Os dias Lindos”.)
  • “Contos Plausíveis” (ilustrações de Irene Peixoto e Márcia Cabral). R. de Janeiro: J. Olympio/Editora JB, 1981.
  • “O Pipoqueiro da Esquina” (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Codecri, 1981.
  • “História de Dois Amores” (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Record, 1985.
  • “Criança D’Agora é Fogo”. R. de Janeiro: Record, 1996.

Ensaio

  • “Confissões de Minas”. R. de Janeiro: Americ-Edit., 1944.
  • “Passeios na Ilha”. R. de Janeiro: Simões,1952.
  • “Minas Gerais” (Antologia). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967. Coleção Brasil, Terra & Alma.
  • “A Lição do Amigo” (Cartas de Mário de Andrade – Introdução e Notas de CDA). R. de Janeiro: J. Olympio, 1982.
  • “Em Certa Casa da Rua Barão de Jaguaribe” (ata comemorativa dos 20 anos do Sabadoyle). R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1984.
  • “O Observador no Escritório” (Memória). R. de Janeiro: Record, 1985.
  • “Tempo, Vida, Poesia” (entrevistas à Rádio MEC). R. de Janeiro: Record, 1986.
  • “Saudação a Plínio Doyle”. R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1986.
  • “O Avesso das Coisas” (Aforismos – ilustrações de ]immy Scott). R. de Janeiro: Record, 1987.

Antologias

  • “Neste caderno… In: 10 Histórias de Bichos” (em colaboração com Godofredo Rangel, Graciliano Ramos, João Alphonsus, Guimarães Rosa, J. Simões Lopes Neto, Luís Jardim, Maria Julieta,Marques Rebelo, Orígenes Lessa, Tristão da Cunha). R. de Janeiro: Condé, 1947 (220 exemplares).
  • “50 Poemas Escolhidos pelo Autor”. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1956.
  • “Antologia Poética”. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
  • “Quadrante” (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
  • “Quadrante II” (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1963.
  • “Antologia Poética” (seleção e prefácio de Massaud Moisés). Lisboa: Portugália, 1965. Coleção Poetas de Hoje.
  • “Vozes da Cidade” (em colaboração com Cecília Meireles, Genolino Amado, Henrique Pongetti, Maluh de Ouro Preto, Manuel Bandeira e Raquel de Queirós). R. de Janeiro: Record, 1965.
  • “Rio de Janeiro em Prosa & Verso” (antologia em colaboração com Manuel Bandeira). R. de Janeiro: J. Olympio, 1965. Coleção Rio 4 Séculos.
  • “Uma Pedra no Meio do Caminho” (biografia de um poema). Apresentação de Arnaldo Saraiva). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967.
  • “Seleta em Prosa e Verso (estudo e notas de Gilberto Mendonça Teles). R. de Janeiro: J. Olympio, 1971.
  • “Elenco de Cronistas Modernos” (em colaboração com Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queirós e Rubem Braga). R. de Janeiro: Sabiá, 1971.
  • “Atas Poemas. Natal na Biblioteca de Plínio Doyle” (em colaboração com Alphonsus de Guimaraens Filho, Enrique de Resende, Gilberto Mendonça Teles, Homero Homem, Mário da Silva Brito, Murilo Araújo, Raul Bopp, Waldemar Lopes). R. de Janeiro, Sabadoyle, 1974.
  • “Para Gostar de Ler” (em colaboração com Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). São Paulo: Ática, 1977-80.
  • “Para Ana Cecília” (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota, Odilo Costa Filho, Ledo lvo, Marcus Accioly e Gilberto Freire). Recife: Edição Particular, 1978.
  • “O Melhor da Poesia Brasileira” (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
  • “Carlos Drummond de Andrade”. Seleção de Textos, Notas, Estudo Biográfico, Histórico-Crítico e Exercícios de Rita de Cássia Barbosa. São Paulo: Abril, 1980.
  • “Literatura Comentada”. São Paulo: Abril, 1981.
  • “Antologia Poética”. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
  • “Quatro Vozes” (em colaboração com Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles e Manuel Bandeira). R. de Janeiro: Record, 1984.
  • “60 Anos de Poesia”. (organização e apresentação de Arnaldo Saraiva). Lisboa: O Jornal, 1985.
  • “Quarenta Historinhas e Cinco Poemas” (leitura e exercícios para estudantes de Português nos EUA). Flórida: University of Florida, 1985.
  • “Bandeira – A vida Inteira” (textos extraídos da obra de Manuel Bandeira e 21 poemas de Carlos Drummond de Andrade – fotos do Arquivo – Museu de Literatura da Fundação Casa Rui Barbosa). R. de Janeiro: Alumbramento/Livroarte, 1986.
  • “Álbum para Maria Julieta”. Coletânea de Dedicatórias Reunidas por Carlos Drummond de Andrade para sua Filha, acompanhado de texto extraído da obra do autor. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1989.
  • “Obra Poética”. Portugal: Publicações Europa-América, 1989. Rua da Bahia (em colaboração com Pedro Nava). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1990.
  • “Sete Contos, Sete Cantos” (em colaboração com Caio Porfírio Carneiro, Herberto Sales, Ideu Brandão, Miguel Jorge, Moacyr Scliar e Sergio Faraco – organizado por Elias José). São Paulo: FTD.
  • “Carlos Drummond de Andrade” (org. de Fernando Py e Pedro Lyra). R. de Janeiro: Agir,1994.
  • “As Palavras que Ninguém Diz”. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997, (Mineiramente Drummond).
  • “Histórias para o Rei”. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).
  • “A Palavra Mágica”. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).
  • “Os Amáveis Assaltantes”. R. de Janeiro: Agora Comunicação Integrada, 1998.

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